GILVANILDO GALVAO1, MARCOS VINICIUS2, CLEISON MACEDO3, LUIZ MARCOS4
RESUMO. Com a finalidade de se determinar um método simples e eficiente para acelerar e uniformizar a germinação, sementes de leucena (Leucaena leucocephala .foram submetidas a tratamentos com água fria embelecidas a 2 horas(T) e a 4 horas(T) e pelo método de escarificação sobre a superfície dura
Os tratamentos com o método de escarificação foram os que apresentaram maiores porcentagens de germinaçao. Por outro lado, os tratamentos com água fria por 4 h e com por 2 h não apresentaram diferença significativa entre si. As sementes do tratamento testemunha germinaram algumas com pouco desenvolvimento correlação as demais .
Foram testados tratamentos pré-germinativos com a finalidade de superar a dormência em sementes Senna spectabilis porcentagem e a velocidade de emergência das plântulas. Os tratamentos testados foram os mesmos utilizados na Leucena
BREAK OF DORMANCY IN SEEDS OF LEUCENA
ABSTRACT. In order to determine an efficient and simple method for rapid and uniform germination, seeds (Leucaena leucocephala). were submitted to treatments embellished with cold water to 2 hours (T) and 4 hours (T) and the method of scarification on hard surface
Treatments with the method of scarification showed the highest percentage of germination. On the other hand, treatments with cold water for 4 h and 2 h showed no significant difference between them. The seeds of control treatment germinated some correlation with the remaining undeveloped.
We tested pre-germination treatments in order to overcome dormancy Senna spectabilis percentage and speed germination. The treatments were the same used in Leucena
INTRODUÇÃO
Características: Arbusto ou árvore pequena, entre 5 e 10 m de altura. Folhas alternas bipinadas, com 25 cm de comprimento; entre 4 a 9 pares de pinas, com 8 a 10 cm. Entre 11 a 17 pares de folíolos, de 9 a 12 mm, opostos, lanceolados, acuminados; de coloração verde-acinzentada.
Inflorescência globosa, com pedúnculo de 5 a 6 cm de comprimento. As flores possuem corola e estames brancos; cálice com 2,5 mm, pétalas lineares; estames em número de 10 com aproximadamente 1 cm de comprimento, anteras pilosas. Ovário fracamente pubescente no ápice. Vagens agrupadas, lineares, achatada, com 10 a 15 cm de comprimento e 2 cm de largura, marrom-escura, com um bico no ápice; cada vagem contém aproximadamente 20 sementes de coloração marrom brilhante, oblonga-oval, achatada, com 6 mm de comprimento.
Faz auto-fecundação, de forma que até mesmo indivíduos isolados produzem sementes. Há um percentual pequeno de fecundação cruzada e são polinizadas por um número grande de insetos generalistas, incluindo abelhas de pequeno e grande porte. Floresce e semeia continuamente ao longo do ano, desde que haja umidade. Combinada à característica de auto-fecundação, o processo resulta na produção abundante de vagens e sementes. Regenera-se rapidamente após queimadas ou corte.
As árvores têm vida curta, entre 20 e 40 anos, porém o banco de sementes tem longa viabilidade no solo, entre 10 e 20 anos. Cada planta pode produzir até 2000 sementes por ano.
Importância econômica desta espécie foi primeiramente reconhecida pelo seu valor como árvore de sombreamento e adubo verde em plantio de café, chá e seringueira no sudeste da Asia (Souza et al., 1980). Foi largamente utilizada em reflorestamento para controle de erosão, sendo, atualmente, usada nos trópicos para forragens, mourões de
cerca, postes, celulose, compensado, etc... (Dakes, 1968). Jovem ou madura, verde, seca ou ensilada, a folhagem é apreciada tanto pelo gado quanto por animais selvagens, sendo que somente galhos com diâmetros inferiores a
5mm é que são pastados (Cooksley, 1974).A folha da leucena é uma excelente fonte de betacaroteno, característica particularmente valiosa durante as estações secas, quando é capaz de conservar as folhas verdes (Jones, 1979). Uma das suas limitações como forrageira é a presença, em sua composiçao química, da mimosina, um aminoácido tóxico para a maioria dos animais,
com concentrações variáveis de 2,0 a 5,0% (Castilio, 1980).A habilidade da leucena em desenvolver-se em encostas íngremes, solos marginais e regiões com grandes períodos de seca, torna-a promissora para a restauração dessas
áreas (Lima, 1982).Segundo Dijkman (1950), a produção de Tectona grandis dobrou após o plantio em reflorestamento, utilizando a leucena para sombreamento inicial, em trabalhos de consórcio na Indonésia.
Estima-se que 2/3 das espécies florestais apresentam sementes com problemas de dormência (Ledo, 1979). No entanto, existem vários tratamentos que podem superar essa dormência, como: escarificação, tratamentos com ácidos e bases fortes, imersão em água quente ou fria, água oxigenada, álcool, desponte (corte do tegumento), impactos sobre superfície sólida, e outros. A aplicação e eficiência desses tratamentos depende do tipo e grau de dormência, que varia de espécie para espécie.Bogdan (1977) afirma que somente 12,0% de germinação são esperados em sementes de leucena sem tratamento.Bakke & Gonçalves (1984) concluíram que a imersão em ácido sulfúrico por 30 minutos e, em água fervente por 6 segundos, são tratamentos eficientes para superar a dormência de sementes de algaroba.
Por outro lado, Maeda & Lago (1986), estudando meios para superar a dormência em sementes de mucuna-preta, constataram que a imersão em ácido sulfúrico por 30 minutos causou danos a uma certa porção de sementes, e que a imersão em água fervente por 1 minuto causou a morte de praticamente todas as sementes. Para a bracatinga, Bianchetti (1981) recomenda, para superar a dormência, a imersão em água quente de 70 a 96 graus centígrados, deixando-se em repouso nesta água sem aquecimento, por 18 horas. A imersão em ácido sulfúrico concentrado por períodos de 1 a 4 minutos, também, terão bons resultados.Segundo Toledo & Marcos Filho (1977) a redução nas atividades fisiológicas
integradas no processo de dormência de sementes está comumente relacionada com o desenvolvimento dos tecidos protetores externos e com a drástica redução na hidratação do citoplasma. Com isso, as sementes dormentes são muito mais resistentes às condições desfavoráveis e, portanto, mais eficientes para a perpetuação da espécie.O trabalho tem como objetivo definir uma metodologia simples e eficiente paraacelerar e uniformizar a germinação de sementes de leucena.
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido no laboratório de ciências do curso de engenharia agronômica,da faculdade de ciências agrárias de Araripina-PE (FACIAGRA), foram coletadas 200 sementes de duas espécies nas proximidades do campus da FACIAGRA em 09 de abril de 2011. e submetidas a tratamentos de embebiçao em água fria por 2 h e 4h e por meio da escarificação mecânica. As sementes foram pesadas e medidas o volume para posteriormente serem escarificadas com lixa de madeira e imersas em água fria por um período de 2 horas e 4 horas,foram utilizadas duas espécies de leguminosas popularmente conhecidas Leucena com respectivos nome científico Leucaena_leucocephala e a canasfistula ou Cássia-do-nordeste,Canafístula-de-besouro,São-joão,Pau-de-ovelha e cientificamente como Senna spectabilis. a semeadura aconteceu em dias diferentes de acordo com a germinação provenientes de cada método empregado com inicio no dia 21/04/2011e termino 20/05/2011. as sementes germinadas foram colocadas em sacos plásticos contento o substrato composta com areia,argila e esterco e matéria orgânica no qual introduzimos as sementes quase em forma de plântula motivo pelo qual perdemos algumas exemplares germinados. .posteriormente medimos diariamente o crescimento vegetativo para em seguida transplantá-las definitivamente no campo.
Os tratamentos foram:
T1sementes embebecidas por 2 horas
T2 sementes embebecidas por 4 horas
T3 sementes escarificadas mecanicamente
T4 sementes sem tratamento (testemunha)
Taxa de absorção inicial das sementes da Leucena e canafistula
Verificou que as sementes da leucena germinaram em relação a cada amostra individual:
T1 32%
T2 12%
T3 60%
T4 12%
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Obviamente esta nítido que o resultado dos métodos praticado com as espécies de leguminosas foi mais eficiente com a Leucaena Leucocephala e o mais competente deles foi o método de escarificação mecânica que obteve 60% de germinação e desenvolvimento da plântula com um grau mais acelerado já que as todas as plântulas tiveram o mesmo tratamento pós laboratório. A canafistula Senna spectabilis não apresentou o resultado almejado, com pouco eficácia em todos os métodos perpetrados,contudo é importante salientar que colhemos a semente ainda na vagem ainda sem ocorrer a ruptura natural das mesmas da árvore que pode ter influenciado na taxa germinativa das sementes e que algumas poucas que brotaram foi perdida no momento do plantio erroneamente praticado por membros da equipe .
CONCLUSÕES
Definimos o método de escarificação o mais competente dentro os quais cometidos pelo grupo para a espécie da leucena e quanto a outra espécie não foi possível determinar com precisão o método mais eficaz devido as circunstâncias adversas acometidas
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, W. Quebra de dormência em algaroba. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL: MÉTODOS DE PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DE
SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS. Curitiba, UFP/IUFRO, 1984. p. 65-9.
BIANCHETTI, A. Produção e tecnologia de sementes de essências florestais. In: SEMINARIO
DE SEMENTES E VIVEIROS FLORESTAIS. 1., Curitiba, PR, 1981. Curitiba,
1981. v.1. 13p.
BOGDAN, A.V. Tropical pasture and fodder plants; grasses and legures. London:
Longman, 1977. 475p.
BREWBAKER, J.L. The Woody Leucaena: promissing source of feed, fertilizer and fuel in
the tropics. In: Livestock production in the tropics. Acapulco: México, 1976. 16p.
CASTILIO, L.S. Leucaena; a leguminosa do futuro. A Granja, 36(395):28-36, 1980.
COOKSLEY, D.G. Growing and grazing Leucaena. Queensl. Agric. J., 100(7):258-61,
1974.
DUKMAN, M.J. Leucaena; a promissing soil erosion control plant. Econ. Bot., 4(4):
33749, 1950.
JONES, R.J. The value of Leucaena leucocephala as feed for ruminants in the tropics.
World Ann. Rev., 31:13-23, 1979.
LEDO, A.A. Produção de sementes, mudas e tratos culturais em essências para reflorestamento
e arborização. Recife, PE: UFRPE, 1979. 113p.
LIMA, P.C.F. Comportamento de Leucaena leucocephala (Lam) DE WIT comparado
com Prosopis juliflora (SW) DC e Eucalyptus alba Reinw Ex Blume em Petrolina
(PE), região semi-árida do Brasil. Curitiba, 1982. 96p (Dissertação Mestrado).
MAEDA, J.A & LAGO, A.A. Germinação de sementes de mucuna-preta após tratamento
para superação da impermeabilidade do tegumento. R. Bras. Sem., 8(1): 79-86, 1986.
OAKES, A.J. Leucaena leucocephala: description, culture, utilization. Adv. Front. Plant.
Sci., 20:1-114, 1968.
SOUZA, S.M. de; DRUMOND, M.A.; SILVA, H.D. da. Estudos de métodos para superar a
dormência de sementes de Piptadenia obliqua (PERS) MACBR, Pithecelobium
parvifolium (WILLD) BENTH e Cassia excelsa CHARD. In: EMBRAPA-CNPF, Curitiba,
PR. Pesquisa florestal no Nordeste Semi-árido: sementes e mudas. Curitiba:
EMBRAPA-CNPF. 1980 (Boletim de Pesquisa, 2).
TOLEDO, F.F. de & MARCOS FILHO, J.M. Manual das sementes - tecnologia da
produção. São Paulo: Ceres. 1977. 224p.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário