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terça-feira, 6 de abril de 2010

Safra da castanha


A colheita da castanha está meio devagar, este ano, no Pará. A dificuldade para escoar a produção e o preço baixo pago pelas amêndoas vem desestimulando os catadores.

O ciclo de coleta da castanha acontece no período de outubro a abril. Os produtores ainda não têm o número fechado da safra, mas acreditam que será menor com base no que conseguiram extrair na floresta. No ano passado, a produção chegou a seis mil toneladas no Pará.

Altamira, na região sudoeste do Estado, é um dos cinco principais municípios produtores do Pará, responsável 8% da produção do Estado.

Em Altamira, os castanhais com maior capacidade produtiva e melhor potencial econômico estão localizados ao longo dos rios Xingu e Iriri, em comunidades indígenas e ribeirinhas de difícil acesso. São áreas de floresta nativa, ainda intactas que pertencem a reservas extrativistas e ficam muito distantes da cidade.

A viagem de barco até os castanhais pode durar até dez dias. Para transportar a castanha de barco até o município o frete é muito caro. Os produtores dizem que não compensa porque estão sendo mal remunerados. Há sete anos, eles recebem o mesmo valor pela caixa de 28 quilos, de no máximo R$ 25,00.

O seu Francisco de Souza trabalho a vida toda com a extração da castanha do pará e viu de perto a época do auge da coleta do produto. Com as dificuldades para vender a safra, ele não conseguiu manter a atividade, o que também aconteceu com muitos coletores das amêndoas. “Hoje, está muito devagar, muito ruim”, falou.

O técnico agrícola Elton da Gama fez um levantamento para avaliar a capacidade produtiva dos castanhais no município e constatou que o baixo preço do produto no mercado interno e as dificuldades de transporte das amêndoas são as principais causas do enfraquecimento da atividade.

“Hoje, o ribeirinho e as comunidades indígenas preferem deixar estragar praticamente cerca de 50% a 60% desse produto na mata porque não compensa a coleta”, disse Gama.

O Pará é o terceiro produtor de castanha do país. O Acre é o primeiro e o Amazonas, o segundo





fonte.globo rural

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